sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FALTA DE EMPREGO FAVORECE SAÍDA DE JOVENS PARA OUTRAS CIDADES

Mais um ano chega ao fim. Poucos dias nos separam de 2012.
Várias cerimônias de fim de jornada ocorrem, simbolizando vitórias e alcance de metas. Uma delas, a de conclusão do Ensino Médio, traz consigo a simbolidade, também, do jovem trabalhador a ingressar no mercado de trabalho (pelo menos para a grande maioria) do início da maioridade e para tantos outros, o sonho de continuidade dos estudos em uma Universidade.
Mas esse momento, até agora, é um momento de dor e angústia para boa parte das famílias maueenses, pois é hora desse jovem, buscar melhores possibilidades de trabalho em cidades com mais oportunidades de emprego e estudo como Manaus e até Itacoatiara.
É sobre esse fato que passo a discorrer. Maués precisa impulsionar sua economia para reter e diminuir a saída dos jovens para outras cidades. Para tanto é necessário sair da estagnação econômica e paralisia administrativa do presente e caminhar no mesmo sentido do resto do país.
Se medidas urgentes não forem tomadas o quadro tende a piorar, pois com as novas perspectivas em função da Copa, obras em execução e demanda por serviços, haverá um crescimento dos investimentos para construção de aeroportos, terminal portuário, Arena da Amazônia, novos hotéis e tudo que isso representa em termos de atração de mão de obra para prestação de serviços.
 Apenas para ilustrar a necessidade de maiores ações no sentido de aumentar a taxa de crescimento da economia maueense, no período de janeiro a novembro de 2011 o município teve um desempenho sofrível em termos de geração de novos postos formais de trabalho. Segundo o Ministério do Trabalho neste período foram admitidos apenas 278trabalhadores, contudo, no mesmo período foram demitidos 215. O saldo entre admissões e demissões é um pálido 63 de postos mantidos. Esses postos não eram frutos de novos empreendimentos, mas somente resultado da rotatividade das empresas instaladas.
Esse resultado não consegue segue absolver o crescimento vegetativo da mão de obra ativa do município que cresce a uma ordem de 2% para uma População Economicamente Ativa (PEA) de 35 mil pessoas, ou seja, apenas para absorver os novos ingressantes no mercado de trabalho é necessário criar em torno de 700 novos postos anualmente.
Não é preciso dizer muito mais para explicar o por quê da fuga dos jovens trabalhadores, recém formados no ensino médio, para outras cidades.
A paralisia da Administração Pública Municipal no tocante a iniciativas para geração de emprego no comércio e na indústria local é um contributo a mais para a migração desses jovens.
Para enfrentar a estagnação que assola o nosso município é preciso juntar forças e operacionalizar planos e programas de qualificação aos trabalhadores, apoio à produção e aos empreendedores  estímulo a formalização do emprego.
Somente com trabalho será possível manter os jovens de Maués junto a suas famílias.
 
Alfredo Almeida – É maueense, empresário e presidente do PR de Maués. Foi Secretário Extraordinário do Estado do Amazonas no período de 2004 a 2006, Deputado Estadual no Amazonas na legislatura 1998 a 2002, vereador em duas legislatura (1988 a 1992/1993 a 1996) e Presidente da Câmara Municipal de Maués no período 1995/1996.

Nenhum comentário:

Postar um comentário