RESGATAR O ORGULHO DE SER MAUEENSE
Uma cidade é o produto de várias gerações de homens e mulheres que a construíram. Cada indivíduo tem sua história e esta pertence à história da cidade. Uma cidade é tudo que o povo que nela vive pensa, porque nela se condensam todas as vidas dos seus construtores, sonhos e desejos.
Uma cidade é obra do seu povo, dos seus costumes. Honoré de Balzac, o escritor francês, dizia que as ruas de Paris nos davam impressões humanas, assim também ocorre com as cidades brasileiras.
A cidade é fruto do seu povo; da energia e do suor dos trabalhadores, da idéia, da ousadia e determinação do empreendedor, da paixão e fervor dos idealistas, do amor e frenesi dos enamorados e da fé e dogmas dos religiosos, cada parede e rua é testemunha da história da cidade. Mas para essa história ser admirada e motivo de orgulho é preciso que todos se identifiquem com ela.
Cada nova geração deve ser educada e preparada para continuar o esforço de desenvolvimento local, a base dessa educação é a história das gerações passadas. Saber do passado bonito e glorioso é uma forma de estimular a continuidade da luta e gerar o orgulho de pertencer a uma comunidade que progride.
Pensando assim vem ao pensamento as lembranças da Maués dos anos 90,80 e 70 do século XX. Lembro, principalmente, de sua vida noturna. Jovem, passeava na noite, sem medo da violência. Maués era uma cidade pacífica.
Produzir é gerar renda |
Uma cidade com vida noturna, com inúmeros “clubes” para diversão e dança, tais como: Maloca, Palhoça, Sambão, Itapuã, Panorama, ABB/BASA, BEASA, União Esporte Clube, Leão Esporte Clube, e os chamados “bregas”. Hoje conta-se nos dedos as opções, reduzidas ao Arco Íris e a Praça de Alimentação.
Mas o que ocorreu? O povo não aprecia mais a diversão noturna? Ou não há recursos disponíveis para o entretenimento noturno?
Naquela época, Maués era o maior produtor de guaraná do Brasil, chegou a produzir mais de 1,3 mil toneladas de semente de guaraná. Atualmente é apenas uma pálida sombra do passado e mal chega a média de 300 toneladas anuais e uma produtividade por hectare não superior a 100 quilos. E esse é só um exemplo, outros produtos do município murcharam, igualmente. As festas da cidade já foram mais atraentes, agora mal conseguem entusiasmar o maueense residente a sair do lar e enfrentar o perigo que se esconde em ruas precariamente iluminadas.
Hoje, a população, mal consegue permanecer em pé e a conquista do alimento do dia se tornou a maior vitória. Então como pugnar por objetivos maiores se sobreviver por um dia é a prioridade da família? Como pensar em entretenimento, se o básico consome todas as energias.
Um povo que apenas sobrevive tem pouca história e pouco se orgulha dela.
É preciso resgatar o orgulho do povo criando condições econômicas e sociais para que o sorriso volte a face do povo e voltemos a sonhar com crescimento econômico, Sustentável, Social e a Geração de Emprego e Renda.
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